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Época de gripe pode aumentar a entrada de falsos casos de ébola nas urgências

03-11-2014
Em comunicado, Maria da Luz Brazão, coordenadora do NEUrgMI, defende que a prevenção deve ser a palavra de ordem em todos os serviços de urgência, o que inclui a elaboração de um Plano de Contingência por parte de todas as unidades de saúde com este tipo de serviços. Segundo a especialista, este plano deve incluir uma formação para todos os funcionários da urgência sobre os seguintes aspetos:
 
- O que é a doença como se transmite e como se previne – O que é um caso suspeito ou provável e caso confirmado;
 
- Saber como se proteger e incidir na formação sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
 
- Esclarecimentos sobre o circuito do doente. Neste ponto é fundamental o isolamento do doente e acompanhantes.
 
A internista afirma ainda que "não deve haver pânico, mas sim alerta, por isso é importante alimentar a importância da formação prática sobre o ébola, saber utilizar os EPIs – treinando a forma de vestir e, especialmente, de despir o fato de proteção, utilizando vídeos, cumprir sempre os protocolos de circuito do doente e seguir as normas do Programa de Prevenção e Controle de infeção e Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA)".         Relativamente ao número de hospitais selecionados para lidar com os doentes infetados, a coordenadora do NEUrgMI considera que são suficientes, mas realça que "é importante que todos os hospitais tenham o seu plano de contingência no qual esteja bem estabelecido o que fazer perante a recorrência a esse mesmo hospital de um caso suspeito que não se tenha dirigido ao hospital de referência mais próximo."
Nesta fase, o essencial é informar para evitar o pânico. "É fundamental a educação e informação da população através dos meios de comunicação social: O que é a doença pelo vírus Ébola (DVE), como se transmite e como se previne e o que devem fazer em caso de contacto com pessoa infetada", afirma a especialista.
 
O NEUrgMI considera também importante informar a população sobre as características de num caso suspeito. A suspeita de ébola é levantada perante os seguintes critérios clínicos e epidemiológicos:
 
Critérios clínicos
 
1 - Febre de início súbito.
 
2 - Pelo menos um dos seguintes sintomas/ sinais:
- Dores musculares, falta de força, caibras, dor de garganta;
- Vómitos, diarreia, falta de apetite, dor abdominal;
- Dor de cabeça, confusão, prostração;
- Conjuntivite, faringe hiperemiada;
- Exantema maculopapular, predominante no tronco;
- Tosse, dor torácica, dificuldade respiratória e / ou falta de ar;
- Hemorragias.
 
Critérios epidemiológicos
 
1 - História recente, nos 21 dias antes do início dos sintomas, de viagem, escala ou residência na Guiné - Conacry, Libéria, Serra Leoa, Nigéria ou noutros países onde tenham sido reportados casos suspeitos ou confirmados de infeção por vírus Ébola.
 
2 - Contacto próximo com doente infetado por vírus Ébola, com objetos ou materiais contaminados.
 
Um surto de doença por vírus Ébola decorre na Costa Ocidental de África desde fevereiro de 2014. A infeção resulta do contacto direto com líquidos orgânicos de doentes (tais como sangue, urina, fezes, sémen). A transmissão da doença por via sexual pode ocorrer até três meses depois da recuperação clínica. Uma vez que o período de incubação pode durar até três semanas é provável que novos casos venham ainda a ser identificados. O risco para os países europeus é considerado baixo.
 
 
 
Fonte: NewsFarma

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