Novidades Sector

Terapia de combate à osteoporose também eficaz contra alguns cancros

09-12-2014
A actuação dos bifosfonatos nestes cancros permite bloquear a acção de receptores de proteínas - denominados recetores do fator do crescimento epidérmico (HER) -, que geralmente aceleram a proliferação das células cancerígenas

Os bisfosfonatos, uma terapia para a prevenção e tratamento da osteoporose, também seriam eficazes contra alguns tipos de cancro agressivos do pulmão, mama e do cólon, segundo uma investigação feita em ratos e células humanas apresentada hoje.

A actuação dos bifosfonatos nestes cancros permite bloquear a acção de receptores de proteínas - denominados recetores do fator do crescimento epidérmico (HER) -, que geralmente aceleram a proliferação das células cancerígenas, segundo o estudo.

A acção dos bisfosfonatos, comercializados sob o nome de Fosamax e Zometa, entre outros, tinha já sido observado em mulheres com um tumor na mama.

O estudo, notícia a agência noticiosa francesa AFP, também descobriu que os pacientes que tomam bisfosfonatos orais para tratar a osteoporose tiveram uma menor incidência do cancro do cólon e da mama, tendo demonstrado efeitos profilácticos deste tratamento.

"A nossa investigação identificou um mecanismo que permite o uso de bisfosfonatos para tratar e prevenir cancros de pulmão, mama e cólon, cuja agressividade é alimentado pelo receptor HER", disse o catedrático Mone Zaidi, da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova Iorque, membro da equipa internacional que publicou o trabalho na revista Proceedings, da Academia norte-americana de Ciências (PNAS).

Se os ensaios clínicos confirmarem os efeitos anticancerígenos de bisfosfonatos, estes tratamentos poderão em breve ser utilizados, já estão aprovados pela agência federal Food and Drug dos Estados Unidos, pois foi demonstrada a sua eficácia e segurança para prevenir e tratar a osteoporose.

Os bisfosfonatos podem ser um complemento terapêutico importante no combate ao cancro de pulmão do cólon e da mama, já que, respectivamente, em 30%, 90% e 20% são portadores da mutação HER, adianta o estudo.

Estes tumores tornam-se, de facto, muitas vezes resistentes aos tratamentos atuais.

Fonte: Lusa

Newsletter
Receba todas as actualizações da APTAC
Redes Sociais

Área Reservada

Esqueceu-se da Password?

Ainda não tem conta?
Se ainda não tem conta para aceder à nossa área reservada pedimos que entre em contacto connosco através do nosso telefone 210503144 entre as 10h e as 19h ou através do nosso email geral@aptac.pt